quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Fiat no Nordeste

Terça-feira, 14 de dezembro de 2010 às 18:54

Desenvolvimento induzido deixará o Nordeste irreconhecível’ em algumas décadas

Quem conheceu o Nordeste pobre e sempre necessitado, vai se surpreender com a região em 15 ou 20 anos, afirmou o presidente Lula nesta terça-feira (14/12) durante anúncio de investimentos da Fiat em nova fábrica no Complexo Industrial Portuário de Suape, em Pernambuco. A região ficará “irreconhecível pelo seu alto desenvolvimento” e “não será mais lembrada como a parte pobre do País”, afirmou.
A Fiat vem para cá porque ela está enxergando que o Nordeste é a região que mais se desenvolve no Brasil, que a classe pobre está ficando menos pobre, que a classe média está crescendo e que o Nordeste passa a ser um mercado em potencial extraordinário.
Segundo Lula, todos os investimentos realizados na região são uma forma de reparar um modelo de desenvolvimento ultrapassado, no qual só se apostava nas regiões Sul e Sudeste. Com isso, afirmou, o restante do País ficou relegado a segundo plano, sofrendo com a pobreza, desigualdade social, falta de empregos e de mão de obra qualificada.
A exemplo do que ocorreu em 2008, com o advento da crise econômica mundial, em que foi incentivado o consumo para que a economia brasileira não paralisasse, Lula ressaltou a importância do governo como um indutor de políticas e de investimentos. É essa a “intromissão”, disse Lula, que o governo tem que dar no desenvolvimento, “de ser o indutor do modelo de desenvolvimento que a gente quer para o nosso país”.
Então, companheiros da Fiat, vocês estão investindo aqui no Brasil nas ações mais rentáveis que vocês já investiram. Eu sou grato por vocês terem escolhido o Brasil, grato por terem escolhido o Nordeste e grato por terem escolhido Pernambuco.
O anúncio da Fiat feito nesta terça-feira faz parte do plano de investimentos de R$ 10 bilhões que a empresa já aprovou para o Brasil no período de 2011 a 2014. Os investimentos de R$ 3 bilhões em Pernambuco, para o período, incluem a construção da fábrica, de um centro de pesquisa para o desenvolvimento de novos produtos e plataformas, além de treinamento de recursos humanos para operar o novo empreendimento. A unidade deverá produzir novos modelos de automóveis desenvolvidos no Brasil e voltados para a demanda do consumidor brasileiro, especialmente do Nordeste, e latino-americano. Ela será projetada para produzir cerca de 200 mil unidades por ano, segundo projeções da Fiat. Ainda segundo a empresa, o polo industrial de Suape deverá gerar aproximadamente 3,5 mil empregos diretos, estendendo sua influência também para outros setores e negócios.
Terça-feira, 28 de dezembro de 2010 às 19:01
Nordeste é a nova fronteira do desenvolvimento brasileiro

A Fiat não instalou sua nova fábrica brasileira em Pernambuco porque o presidente Lula é de lá ou porque o governador Eduardo Campos tem olhos azuis. A empresa sabe que o Nordeste está se desenvolvendo a passos largos e é a nova fronteira do País a ser desbravada, por isso não perdeu tempo, afirmou o presidente Lula durante cerimônia de lançamento da pedra fundamental da fábrica no Complexo Industrial de Suape, em Pernambuco. O Nordeste que antes só aparecia nas estatísticas por seus problemas de analfabetismo, desnutrição e mortalidade infantil, agora forma cada vez mais doutores, qualifica profissionalmente sua juventude por meio das escolas técnicas e vê a geração de emprego e renda crescer com a instalação da indústria naval e petroquímica nos estados da região. E assim o País fica mais justo e equilibrado, afirmou o presidente:

“Não era possível o Brasil continuar dividido entre o País miserável exportador de desempregado para o restante do País e o Brasil que recebia quase tudo. Este País tem que ser mais igual, dando oportunidade a todas regiões. (…) O Nordeste precisa de mais indústrias e mais empregos, porque nós temos que recuperar as décadas perdidas. Eu não esqueço a razão pela qual eu saí da minha Caetés no dia 13 de dezembro de 1952. A causa chamava-se fome. E nós não queremos que isso aconteça mais com o Nordeste. Nós queremos que nordestino vá a SP a turismo, como o paulista vem para cá a turismo.”

O presidente reafirmou a sua disposição de trabalhar até o último dia de sua gestão, e assim continuar viajando pelo Brasil, inaugurando obras e dando início a grandes projetos. Muita gente tem estranhado e até criticado esse ritmo, observou Lula, mas talvez porque estejam acostumados a antigos hábitos de presidentes que diminuiam o ritmo no último ano de governo, ou que deixavam de trabalhar na parte da manhã ou na parte da tarde nos últimos meses. Mas Lula afirmou que tem motivos de sobra para trabalhar até o dia 31 de dezembro:

“(…) nem todos os presidentes da República tiveram o gostoso prazer de inaugurar a quantidade de obras que eu tenho para inaugurar. Nem todos. E nós estamos neste momento colhendo um pouco daquilo que plantamos em momentos dificeis.”



http://blog.planalto.gov.br/nordeste-e-a-nova-fronteira-do-desenvolvimento-brasileiro/trackback/

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Crescimento econômico do Nordeste acima da média basileira

Portal do Brasil

Banco do Nordeste aponta crescimento de 8,3% para PIB nordestino em 2010

O Banco do Nordeste atualizou para 8,3% a projeção de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) do Nordeste. A previsão mostra acréscimo superior ao do Brasil, cuja evolução deve ser de 7,5% neste ano. Os dados constam do Boletim Conjuntura Econômica, publicado mensalmente pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), vinculado ao Banco do Nordeste.
Para 2011 e 2012, o PIB nordestino deve ter incremento de 5,4% e 5%, respectivamente, e continuar com resultados acima dos esperados para o País. Em 2011, a previsão de expansão da economia brasileira é de 5,3% e, no ano seguinte, 4,5%.
Para o superintendente do Etene, Jose Narciso Sobrinho, o incremento dos investimentos no Nordeste é um dos principais fatores que têm levado a região a crescer acima da média brasileira. “O Nordeste tem recebido importantes inversões em infraestrutura e no setor produtivo, a exemplo das refinarias, ferrovias e rodovias, transposição de bacias e complexos portuários. Dessa forma, o crescimento do Nordeste tem sido estimulado pelo mercado interno”, disse.
Segundo o gerente da área de macroeconomia do Etene, Airton Saboya, o Ceará é um dos estados cuja economia apresenta preponderância de indicadores com variações acima da média regional. O crescimento da indústria e o do volume de vendas do comércio varejista são alguns destes indicadores. Respectivamente, cresceram 12,9% e 16,9% no Ceará, contra 11% e 12,6% na região.
O PIB do Brasil cresceu 8,4% de janeiro a setembro de 2010, em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) utilizadas pela instituição. Esse resultado foi influenciado pelo acréscimo de 12,3% na indústria. Os resultados dos setores da agropecuária e serviços foram de 7,8% e 5,7%, respectivamente.
No que diz respeito à economia do País no terceiro trimestre de 2010, a expansão ficou no patamar de 6,7%, terceiro melhor resultado do mundo, abaixo de China (9,6%) e Suécia (6,8%). O Boletim do Banco do Nordeste destaca que esse desempenho foi superior, por exemplo, ao observado na União Europeia (2,2%) e Estados Unidos (3,2%).


sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Transnordestina: Mega empreendimento

Transnordestina emprega 11 mil pessoas Imprimir E-mail

Noticiário cotidiano - Portos e Logística
Ter, 14 de Dezembro de 2010 06:45
Os contratos para execução dos lotes 2 a 11 do projeto foram assinados no Ceará durante visita de Lula

Missão Velha - Onze mil pessoas já trabalham nas obras da Ferrovia Transnordestina, número que deverá subir para 18 mil com o início de mais um trecho, o maior deles, que liga Missão Velha, no Ceará, ao Porto do Pecém. Serão 527 quilômetros de trilhos. Os contratos para execução dos lotes 2 a 11 do projeto foram assinados ontem com as construtoras Odebrecht, Andrade Gutierrez e Galvão Engenharia, durante visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a esse município. A Transnordestina está orçada em R$ 5,4 bilhões e é um dos maiores projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

A ferrovia Transnordestina passa pelos estados do Piauí, Ceará e Pernambuco
Antes de participar da cerimônia no centro de Missão Velha, Lula conferiu de perto as obras de implantação da superestrutura (colocação do lastro de brita, dos dormentes e dos trilhos) no trecho que vai até Salgueiro, em Pernambuco. Esse ramal tem 95,42 quilômetros de extensão, sendo 13,80 quilômetros em solo pernambucano, mas apenas 15 quilômetros estão com a superestrutura pronta. O presidente fez esse percurso em aproximadamente 25 minutos num antigo vagão de passageiros, conhecido como litorina, puxado por uma locomotiva remanescente da antiga Malha Nordeste. Ele viajou do túnel construído sob a rodovia CE-293 até o marco zero da ferrovia.

Já no centro de Missão Velha, Lula discursou em um palco armado em frente à antiga estação ferroviária, hoje Secretaria Municipal de Cultura e Turismo. Foi nesse local que, em junho de 2006, o presidente assinou a primeira ordem de serviço da Transnordestina, dando início às obras desse ambicioso projeto. Mais de quatro anos depois, ao invés de inaugurar pelo menos um dos trechos como inicialmente previsto, Lula presencia a assinatura de mais contratos. A promessa agora é 2012.

´A arte de governar é a arte de planejar e assumir compromissos definindo prioridades. Jamais me passou pela cabeça tirar alguma coisa do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, de São Paulo, do Paraná, do Rio de Janeiro, de Minas Gerais. Agora, não era justo que o Nordeste continuasse sendo tratado como se fosse a escória deste país`, disse o presidente, argumentando que a região nunca foi prioridade para seus antecessores.

A própria Transnordestina era considerada uma obra impossível de se realizar. Foi iniciada nos anos 1980 e paralisada na década seguinte com apenas 10 quilômetros concluídos. Até que o governo federal mobilizou uma intrincada engenharia financeira, envolvendo recursos próprios via Valec, do Finor e de empréstimos junto à Sudene, ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e ao Banco do Nordeste, além de uma participação financeira do empreendedor privado, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), controladora da Transnordestina Logística S.A.

´Lula fez, para essa ferrovia sair do papel, mais de 40 reuniões. E cobrava de todos os órgãos e dele mesmo, sempre com o mapa na mesa`, afirmou o presidente da Transnordestina Logística, Tufi Daher Filho. O executivo, dizendo-se ´inconformado com os obstáculos` e reconhecendo que Lula estava na verdade visitando uma obra incompleta, garantiu que a ferrovia seria concluída.

Números

5,4 bilhões de reais é o valor do empreendimento

30 milhões de toneladas de carga serão transportadas por ano

11 mil empregos estão sendo gerados atualmente

1.728 quilômetros de extensão compreendem o traçado

3 milhões de dormentes serão necessários para a obra - suficientes para ligar o Rio de Janeiro a Lisboa, em Portugal

13 km de pontes construídas equivalente a uma ponte Rio-Niterói

46 hectares é a área do canteiro industrial em Salgueiro - equivalente a 63 campos de futebol

38 municípios pernambucanos estão no traçado da ferrovia

Principais cargas que serão transportadas:

Álcool

Algodão (caroço e pluma)

Argila

Arroz

Biodiesel

Cal

Cimento

Contêineres

Diesel

Farelo de soja

Fertilizantes

Gasolina

Gesso

Gipsita

Milho

Óleo de soja

Soja

Minério de ferro

Fonte: Diário de Pernambuco (PE)/Micheline Batista

Será o crescimento econômico uma farsa?

IPEA: crescimento economico nao levou a queda na desigualdade

Posted by Blog dos Bancários em dezembro 16, 2010
Por InfoMoney, 14/12/2010 12:33
Ipea: crescimento econômico não levou à queda na desigualdade
SÃO PAULO O crescimento da economia brasileira não foi capaz de promover a redução das desigualdades regionais, revelou comunicado divulgado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) nesta terça-feira (14).
Entre 1995 e 2008, a economia brasileira cresceu a uma taxa média anual de 2,8%, mas este ritmo de aumento variou entre as unidades federativas, que mudaram pouco sua participação sobre o PIB (Produto Interno Bruto).

Participação
Salvo o caso de São Paulo, que perdeu 4,2 pontos percentuais de participação, os demais estados não apresentaram nenhuma perda ou ganho substancial de participação.
Os quatro estados com maior participação no PIB são os mesmos de 13 anos atrás: São Paulo (33,1%), Rio de Janeiro (11,3%), Minas Gerais (9,3%) e Rio Grande do Sul (6,6%).
Da mesma forma, os quatro estados com menor participação na economia continuam sendo os mesmos de 1995: Roraima (0,2%), Acre (0,2%), Amapá (0,2%) e Tocantins (0,4%).
Em suma, houve certa desconcentração da atividade econômica, mas ela foi incapaz de mudar substancialmente o perfil regional brasileiro. Isso sugere que distribuição da atividade econômica no território nacional advém de mecanismos econômicos que garantam a estabilidade do sistema, ao menos no curto período aqui examinado, diz o comunicado.

Regiões
Em relação às regiões do Brasil, os dados mostram que o Norte e o Nordeste produzem por habitante em torno da metade da média nacional.
Em 1995, o Sudeste tinha um PIB per capita 39% maior do que a média nacional e, ao final da série, esse valor passou a ser 33% acima da média nacional. Já para o Nordeste, o valor era, em 1995, 58% abaixo da média nacional e, ao final da série, estava em 53%.
Como ilustração da lentidão da aproximação das regiões, basta dizer que, ao ritmo do período examinado, o PIB per capita do Nordeste só chegaria à marca de 75% do valor nacional ao redor do ano de 2074, diz o comunicado.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Panorama Brasil

Presidente Lula defende desenvolvimento equilibrado no país

Agência Brasil

BRASÍLIA - Ao discursar há pouco durante cerimônia de anúncio de investimentos da Fiat em Pernambuco, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Nordeste não pode ficar para trás a vida inteira. Segundo Lula, o governo tem que ser o indutor do modelo de desenvolvimento mais justo entre as regiões do país.

Ao lado do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e de diretores da Fiat, Lula disse que a decisão da montadora italiana de investir no Nordeste ocorreu em virtude do crescimento econômico da região e da melhoria da qualidade de vida da população mais pobre do país. “Combinou o interesse da Fiat com o interesse de desenvolvimento que tem o Nordeste brasileiro, que não pode ficar para trás a vida inteira”, discursou Lula, em Salgueiro (PE).

“O Nordeste está se desenvolvendo. Certamente, a Fiat não vem para cá por causa dos seus belos olhos”, brincou Lula, em referência aos olhos azuis do governador pernambucano. “A Fiat vem para cá porque está enxergando que o Nordeste é a região que mais se desenvolve no Brasil, que a classe pobre está ficando menos pobre, que a classe média está crescendo e que o Nordeste passa a ser um mercado com um potencial extraordinário.”

Em nota, a Fiat informou que pretende investir R$ 3 bilhões na unidade pernambucana. A fábrica ocupará uma área de 4,4 milhões de metros quadrados no município de Cabo de Santo Agostinho, dentro do Complexo Portuário de Suape e deverão ser gerados, de acordo com a montadora, 3,5 mil empregos diretos.

Os investimentos, ainda conforme a nota, serão feitos entre 2011 e 2014 e vão abranger, além da construção da fábrica, um centro de pesquisa desenvolvimento, projeto e desenvolvimento de novos produtos e plataformas e treinamento de recursos humanos. A montadora italiana informou ainda que os modelos a serem produzidos serão voltados para a demanda do consumidor brasileiro e latino-americano.

Em tom de brincadeira, Lula disse aos dirigentes da Fiat que, em caso de greve, ele mesmo poderá incitar os trabalhadores. “Não se esqueçam que se, por acaso, tiver uma grevezinha na Fiat, eu poderei estar na porta incitando [os trabalhadores].”

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Transnordestina: o Nordeste nos trilhos de um longo ciclo de desenvolvimento econômico

terça-feira, 14 de dezembro de 2010


Transnordestina: o Nordeste nos trilhos de um longo ciclo de desenvolvimento econômico

A inauguração do primeiro trecho da ferrovia Transnordestina nesta terça-feira, 14, é sem dúvida uma página importante do projeto de desenvolvimento não só da região Nordeste, mas de todo Brasil. A idéia inicial de se construir uma ferrovia que fosse capaz de interiorizar o desenvolvimento na região Nordeste é bem antiga: há relatos que mostram que já na época do Império havia a intenção de se construir um sistema de trilhos que ligassem diversos estados da região. Poderíamos dizer que este projeto, que não chegou a sair do papel, constituiu a idéia embrionária dessa importante ferrovia.

Em meados do século 20, por ocasião da criação da Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), o governo federal autorizou a construção do primeiro trecho dentro do estado de Pernambuco, ligando os municípios de Serra Talhada e Salgueiro. Contudo, o projeto não chegou a ser executado. Posteriormente, no governo Sarney, o Ministério dos Transportes retomou a idéia de construir a ferrovia, apresentando um novo projeto que incluía outros municípios no traçado das linhas. O alto custo deste projeto, algo em torno de US$ 1 bilhão na época, acabou inviabilizando sua execução e, novamente, as obras não foram tocadas.

Em 1997, no governo FHC, a Transnordestina entra na lista de ativos públicos federais que deveriam ser privatizados e, desde então, sua concessão passou para a Transnordestina Logística (TL), empresa pertencente ao grupo CSN. O projeto de construção da ferrovia Transnordestina só foi sair de fato do papel dez anos depois, quando o governo Lula criou o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e, em parceria com a TL, iniciou as obras da ferrovia, que ligará o Porto de Suape, em Pernambuco, ao Porto de Pecém, no Ceará, através da construção de nada menos que 1.728 Km de trilhos, além da remodelação de outros 550 Km já existentes.

Ferrovia reduzirá custo logístico e favorecerá Nordeste
A “Nova” Transnordestina cortará quatro estados do Nordeste brasileiro (Alagoas, Pernambuco, Ceará e Piauí), servindo como um importante meio para escoar minérios, grãos produzidos na região e também o biodiesel, cuja produção foi estimulada com o programa nacional de biocombustíveis lançado ainda do primeiro mandato do Presidente Lula. É interessante destacar que o principal modal utilizado no Nordeste para transporte de cargas são as rodovias. Com a Transnordestina, a região terá uma alternativa mais barata para o transporte de cargas, reduzindo, dessa maneira, o chamado custo logístico.

Essa redução do custo logístico dos produtores locais é muito importante, uma vez que significa mais recursos para que estes produtores – sejam de minérios, grãos ou biodiesel – possam investir na expansão de sua produção, dinamizando de forma bastante expressiva a economia regional. Além do que, deve-se destacar que a redução do custo logístico propiciada pela Transnordestina ampliará também a competitividade desses produtores frente a outros mercados, incentivando ainda mais a expansão da produção. Projeta-se, assim, o início de um ciclo virtuoso duradouro para a região Nordeste e, naturalmente, para sua população, que terá mais acesso a empregos e renda.

Para se ter uma idéia, somente durante a construção da ferrovia estão sendo gerados 70 mil empregos. Estima-se que, concluídas as obras, sejam gerados nada menos que 550 mil novos empregos diretos e indiretos. Isso representa um salto gigantesco na economia de toda a região Nordeste, já que a ferrovia, ao oferecer um meio de escoamento de carga mais barato, servirá como incentivo para a expansão da planta industrial da região, além da própria agricultura e mineração. De acordo com as projeções, a Transnordestina terá capacidade para transportar expressivos 30 milhões de toneladas de carga por ano.

Mais de R$ 5 bilhões em investimentos
Para 2020, projeta-se que estejam operando a “pleno vapor” 110 locomotivas em toda ferrovia, totalizando, assim, 2.700 vagões. O custo total desse projeto é de R$ 5,4 bilhões, de acordo com os números apresentados pelo governo federal, sendo que R$ 2,2 bilhões foram investidos entre 2007 e este ano e o restante – R$ 3,2 bilhões – serão aplicados entre 2011 e 2012, quando a ferrovia deverá estar concluída. É importante salientar que, além dos investimentos na construção da ferrovia, o governo federal está investindo pesado para a ampliação e modernização dos portos de Suape (PE) e Pecém (CE).

Essa ampliação dos portos é mais que necessária, haja vista que, a partir do momento que a ferrovia estiver totalmente em operação, estima-se um crescimento substancial do movimento de carga nesses portos. De acordo com informações da TL, serão construídos dois terminais graneleiros nos portos de Pecém, no Ceará, e Suape, em Pernambuco, com capacidade de estocagem de 900 mil toneladas de grãos e farelos. Os terminais poderão receber navios graneleiros de grande capacidade do tipo capesize com até 150 mil toneladas por porte bruto (tpb), que podem transportar até 105 mil toneladas de soja, por exemplo.

Percebe-se, dessa maneira, que a Transnordestina será um fator fundamental para colocar o Nordeste nos trilhos do desenvolvimento econômico contínuo e acelerado, uma vez que contribuirá para a dinamização de diversos setores da economia local. Com um traçado que corta o semi-árido, a ferrovia contribuirá para melhorar as condições de vida dessa população, que em épocas passadas não possuíam perspectivas de melhorar suas condições de vida. Aumento da produção, do emprego e da renda em toda a região Nordeste deve ser a principal contribuição da ferrovia Transnordestina nas próximas décadas.

Interpress Motor - Fiat anuncia R$ 3 bi de investimento em PE

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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Ferrovias no Noredeste

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Quarta-feira, 8 de dezembro de 2010 às 9:30

A ‘espinha de peixe’ ferroviária que começa a se formar no País


Trecho da ferrovia Norte-Sul no município de Colinas (TO) visitado pelo presidente Lula este ano. Foto: Edsom Leite/Ministério dos Transportes
Ferrovias
Na semana passada, durante cerimônia de encerramento da 36ª Reunião Ordinário do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), no Palácio do Planalto, Lula comemorou o fato de o Brasil ter hoje três das principais obras no mundo em ferrovias -- Norte-Sul, Oeste-Leste e Transnordestina. O orgulho não é para menos. Os três projetos representam milhares de quilômetros de desenvolvimento e integração para o País, além de emprego e renda para milhares de trabalhadores, e terão continuidade no governo Dilma Rousseff, a partir de 2011, por representarem novos tempos para o Brasil em termos de transporte de carga, facilitando e barateando o seu custo.
Nesta segunda parte de nossa série especial sobre ferrovias, falaremos sobre essas três grandes obras ferroviárias que formam, nas palavras de Bernardo Figueiredo, diretor-geral da Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT), uma ‘espinha dorsal de peixe’ pelo País. Confira a segunda parte da entrevista com Figueiredo, em que detalha os três projetos.





Com extensão de 2.254 quilômetros -- ligando o Porto de Itaqui, no Maranhão, ao município de Estrela d’Oeste, em São Paulo -- a ferrovia Norte-Sul se destaca no plano nacional de expansão da malha férrea nacional. Seu traçado foi retomado pelo governo do presidente Lula como prioridade no incremento do transporte nacional. Agora em dezembro será entregue o trecho até Anápolis (GO) e dado o início das obras entre a cidade goiana e Estrela d’Oeste (SP). Obra do PAC, a ferrovia teve R$ 5,02 bilhões em investimentos até o final deste ano e terá mais R$ 1,5 bilhão a partir de 2011 para entrar em operação em 2012.


Outro projeto considerado essencial para dar uma nova cara à malha ferroviária brasileira é a Ferrovia de Integração Oeste-Leste, que começa a sair do papel ainda este mês. Para tanto o presidente Lula reservou em sua agenda uma data para participar da cerimônia de início das obras dos 1.490 quilômetros da linha férrea que ligará o porto privado de Ilhéus (BA) ao município de Figueirópolis (TO). As obras da Oeste-Leste já deveriam estar sendo tocadas há meses, mas a falta de licença ambiental para as obras no porto de Ilhéus atrasaram os planos.
Já a Transnordestina, sempre muito citada pelo presidente Lula em seus discursos, não só por sua importância estratégica no modal viário do País mas também como geradora de empregos e renda no Nordeste, terá um total de 1.728 quilômetros de extensão, cortando os estados de Pernambuco, Piauí e Ceará. O investimento total previsto no projeto é de R$ 4,45 bilhões.
Na próxima quarta-feira (15/12), o Blog do Planalto traz o terceiro post da série sobre Ferrovias, com mais uma parte da entrevista com Bernardo Figueiredo, da ANTT, sobre os estudos da Valec para viabilizar o trem de passageiros entre Brasília e Goiânia, um sonho antigo na região Centro-Oeste. Figueiredo explica também os motivos que levaram o governo a adiar para abril de 2011 o leilão do Trem de Alta Velocidade (TAV), ligando as cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas.

A espinha de peixe ferroviária do Nordeste

Lula no Nordeste

Posted: 13 Dec 2010 02:10 PM PST
Presidente Lula embarca em composição para visitar as obras da ferrovia Transnordetina entre Salgueiro (PE) e Missão Velha (CE). Foto: Ricardo Stuckert/PR
O ano de 2012 promete ser um diferencial para a região Nordeste. É o ano em que serão inauguradas obras emblemáticas como o Canal de Transposição das águas do rio São Francisco e a ferrovia Transnordestina, e outros projetos como a refinaria de Fortaleza estarão em estado avançado. A região que teve durante tanto tempo investimentos e desenvolvimento sonegados por governantes anteriores, hoje cresce a passos largos graças à decisão do governo de dar aos nordestinos as mesmas oportunidades que têm os cidadãos das demais regiões do País, afirmou o presidente Lula ao visitar as obras da ferrovia Transnordestina. Ele percorreu os quase 16 quilômetros de linha concluída entre os municípios de Salgueiro (PE) e Missão Velha (CE), onde discursou após assinar contratação dos lotes 2 a 11 do trecho Missão Velha – Pecém (também no Ceará).
Confira aqui mais detalhes sobre a Transnordestina em nossa série especial sobre ferrovias.
http://blog.planalto.gov.br/categoria/destaques/ferrovias-destaques/
O presidente lembrou ao público presente que toda conquista foi obtida com “suor, lágrimas e sangue de muita gente neste País”, mas que tem valido à pena, porque o desenvolvimento brasileiro tem se dado de forma equilibrada, sem que nenhuma região tenha que deixar de ganhar para que outra ganhe. O segredo?
“Era preciso a gente colocar uma coisa que faltava na política brasileira, que era a paixão, que era a emoção, o coração, o compromisso assumido de verdade, não com palavras, mas olhando no olho de cada mulher, de cada homem, de cada criança. E todos nós juntos dizendo que era possivel a gente mudar as coisas.”


Lula fez questão de lembrar que em seu primeiro discurso como presidente da República, em 2003, disse que queria garantir três refeições a todo povo brasileiro e que iria começar seu governo fazendo apenas aquilo que era necessário, para depois fazer o que fosse possível. “E depois, então, quando a gente menos esperasse, a gente estaria fazendo o impossível”, afirmou. “E isso aconteceu.”
O sucesso é resultado da arte de governo, planejar e assumir compromisso, definindo prioridades, disse o presidente, lembrando que o desenvolvimento equilibrado de todas as regiões do País vem acontecendo sem que nenhum estado esteja perdendo – pelo contrário. Todos estão recebendo investimentos em obras, universidades e geração de empregos.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Quixadá e Quixeramobim são destaques no crescimento econômico do Sertão Central

Quixadá e Quixeramobim são destaques no crescimento econômico do Sertão Central

Este é o Nordeste que a TV não mostra

O crescimento econômico do nordeste e as eleições

Revista do Brasil - Edição 54
Economia

Muito além do Bolsa Família

Quem considerou que o voto no Nordeste na última eleição seria movido a assistencialismo, errou. O crescimento econômico na região, acima da média nacional, fez diferença na vida de muita gente, e não só dos mais pobres

Publicado em 07/12/2010
A  votação expressiva obtida por Dilma Rousseff no Nordeste veio acompanhada de um bocado de ressentimento. Não foram poucos os que disseram que os votos eram dos “pobres” (automaticamente desqualificados como menos valiosos) e indiretamente resultado do assistencialismo, materializado pelo programa Bolsa Família. Nesse olhar, sobrou preconceito e faltou informação, ao não observar indicadores e fatos, como o crescimento da economia e a criação de empregos na região. Esses foram os fatores determinantes para a taxa de satisfação daquela população – e portanto, da maciça votação na candidata governista.
Aos números. A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) feita pelo Dieese e pela Fundação Seade, de São Paulo, em parceria com entidades regionais, mostra desemprego em queda e ocupação em alta, inclusive com carteira assinada, nas maiores regiões metropolitanas: Fortaleza, Recife e Salvador. Nos últimos 12 meses, até outubro, as três criaram quase 350 mil empregos e reduziram em 160 mil o número de desempregados. A Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do IBGE, que usa outra metodologia, revela crescimento de 13,1% em 12 meses, até setembro, no nível de ocupação da Região Metropolitana de Recife, o equivalente a 179 mil pessoas a mais. No mesmo período, o número de desocupados caiu 7,1% (11 mil a menos). Em Salvador, os números são mais modestos, mas igualmente positivos.
Dados do Banco Central reforçam: o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil ficou praticamente estável (-0,2%) em 2009. Mas a economia cresceu 1,7% na Bahia, 3,1% no Ceará e 3,8% em Pernambuco. “A economia nordestina, ratificando a evolução registrada pelos principais indicadores mensais regionais ao longo do ano, assinalou, em 2009, dinamismo mais acentuado do que o experimentado em âmbito nacional”, diz o BC, que destaca o crescimento dos investimentos na região: no ano passado, os desembolsos, principalmente do BNDES e do Banco do Nordeste, representaram 5,2% do PIB local, ante média de 1,5% no período 2004-2008.
A Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego, mostra ainda que, enquanto o emprego formal cresceu 4,48% no país em 2009, no Nordeste essa alta foi de 6,81%, chegando a 9,4% no Ceará, a 7,42% na Bahia e a 6,97% em Pernambuco, totalizando 335 mil novas vagas. Nesses três estados, a maior alta percentual foi do setor de construção civil: 27,82%, 30,23% e 23,83%, respectivamente.
Em artigo publicado no site Viomundo, do jornalista Luiz Carlos Azenha, a economista Tânia Bacelar Araújo, professora do Departamento de Economia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), afirmou que o Nordeste foi beneficiado com a preocupação do governo com as desigualdades sociais e regionais. Ela cita, por exemplo, a política de reajustes do salário mínimo e a ampliação do crédito como fatores que impulsionaram a economia da região, do ponto de vista do consumo. Norte e Nordeste, segundo a professora, lideraram as vendas do comércio varejista no país de 2003 a 2009.
Ela destaca também a decisão da Petrobras de construir novas refinarias e estimular a retomada da indústria naval. Vários estaleiros foram instalados no Nordeste. Os planos da Petrobras para a região incluem quatro novas refinarias, em Pernambuco, Rio Grande do Norte, Maranhão e Ceará. Os investimentos superam US$ 45 bilhões.

Canteiro

“Igualmente importante foi a política de ampliação dos investimentos em infraestrutura – foco principal do PAC –, que beneficiou o Nordeste com recursos que, somados, têm peso no total dos investimentos previstos superior à participação do Nordeste na economia nacional. No seu rastro, a construção civil bombou na região”, acrescentou a economista.
O coordenador da PED em Fortaleza, Ediran Teixeira, confirma. “Hoje, a Região Metropolitana é um canteiro de obras. Do lado da habitação, muitos imóveis estão sendo construídos e, do lado da construção pesada, muitas estradas são abertas e muitas indústrias se instalam. As reformas e as construções visando à Copa de 2014 estão em pleno vapor, além de outras obras estruturantes”, afirma Teixeira, citando ainda a ampliação do porto e a construção de uma siderúrgica no complexo portuário de Pecém, em São Gonçalo do Amarante, município da Região Metropolitana.
“Todas essas obras impulsionam não só a construção civil como também a indústria metal-mecânica, que em seu segmento foi a que mais gerou postos de trabalho nos últimos 12 meses, junto com a indústria têxtil e de vestuário (8 mil novas vagas cada uma)”, acrescenta. No comércio, o crescimento do emprego é determinado pela elevação das vendas. “A economia cearense está aquecida desde o início do ano e vem aumentando o volume de contratações.”
Principal exportadora do estado, a fabricante de calçados Grendene, com a maior parte de suas fábricas em Sobral, a pouco mais de 200 quilômetros de Fortaleza, ampliou em 60% a sua força de trabalho em 2009. Foram mais de 8 mil contratações, após uma redução de 3 mil no ano anterior, devido à crise econômica. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, de janeiro a outubro a empresa foi responsável por 14% das exportações cearenses. Nos três primeiros trimestres do ano, as vendas ao exterior corresponderam a quase 20% da receita bruta da empresa.

Formalização

Na Região Metropolitana de Salvador, a economista Ana Simões, coordenadora da PED local, vê um movimento consistente do emprego formal na região, principalmente a partir de 2004. Em setembro, a taxa de desemprego atingiu o menor nível desde o início da pesquisa, em 1997.
Ao estabelecer aquele ano como o “ponto zero”, Ana diz que, enquanto a ocupação total cresceu 39,3% até 2009, o emprego com carteira dobrou. A construção civil teve alta de 71,9% no período. “Há muitas obras na área de habitação”, observa, destacando a importância de programas como o Minha Casa, Minha Vida.

O rendimento médio ainda é um ponto fraco, embora venha evoluindo. “Ainda não alcançou os valores de 1997, em termos reais”, afirma Ana. Com a economia muito indexada ao salário mínimo, a renda passou a se recuperar a partir de 2004. E a concentração de renda diminuiu um pouco, apesar de ser ainda elevada. Em 1997, os 10% mais pobres tinham 0,6% da renda, passando para 1,3% em 2009 – no mesmo período, os 10% mais ricos encolheram de 46,1% para 37,7%.
Segundo o Sinduscon, o sindicato da indústria da construção, o setor foi responsável por 39% das vagas formais criadas no estado da Bahia em 2009 e por 29,8% do total de janeiro a setembro deste ano. Também nesse período, só a Região Metropolitana de Salvador abriu 22 mil vagas, mais do que em todo o ano de 2009, quando foram criadas pouco mais de 15 mil. O total de empregados com carteira passou de 61 mil, em 2004, para 161 mil até setembro. A participação da construção civil no PIB estadual baiano aumentou nos três últimos anos.
Na Região Metropolitana de Recife, de 2003 a 2009 a ocupação cresceu 20,3%, com 240 mil novos postos de trabalho, dos quais 139 mil com carteira assinada. O maior número (141 mil) foi no setor de serviços, enquanto a maior alta percentual, 48,1%, foi justamente na construção civil, que criou 26 mil empregos.
“Ao longo do período analisado, a chegada de investimentos para a empresa Suape Complexo Industrial Portuário vem promovendo uma grande geração de empregos no estado de Pernambuco”, observa Jairo Santiago, do Dieese, coordenador da pesquisa em Recife. Ele cita dados do próprio complexo sobre os investimentos das 96 empresas já instaladas e outras 16 em fase de instalação, que somam US$ 15 bilhões apenas este ano. 
Mudança de vida


Em maio, a soldadora Josenilda Maria da Silva, 32 anos, foi escolhida como “madrinha” do navio João Cândido, o primeiro a sair do Estaleiro Atlântico Sul, no porto de Suape (PE). Casada e mãe de duas filhas, ela ficou cinco anos desempregada até ser selecionada para o estaleiro, três anos atrás. A concorrência era acirrada, mais de 5 mil inscritos para 500 vagas. Josenilda soube no último dia, por uma vizinha, inscreveu-se e entrou.
Antes, ela passou quase três anos em uma cerâmica. “Tentei outras áreas, mas não tinha nenhuma vaga disponível”, conta a trabalhadora, que agarrou a chance no estaleiro. “Eu me identifiquei com a solda e pretendo me aprimorar”, afirma, sem imaginar que um dia trabalharia nessa área, ainda mais depois dos avisos que recebia da mãe, quando pequena. “Ela me falava para tomar cuidado com a solda, para não ‘perder a vista’. Agora, trabalho com isso.”
O nome do navio homenageia o marinheiro que foi líder da chamada Revolta da Chibata, morreu esquecido em 1969, mas ficou eternizado na canção O Mestre-Sala dos Mares, de João Bosco e Aldir Blanc. A revolta, em 1910, foi contra os maus-tratos aos marinheiros, que chegavam a ser castigados com chicotadas. Em 2008, João Cândido foi anistiado e recuperou a patente. Em novembro, o centenário do movimento que liderou foi celebrado em várias manifestações pelo país.

A malha ferroviária brasileira

Ferrovias começam a se formar. Que horror !


Trecho da ferrovia Norte-Sul
O Conversa Afiada republica texto do Blog do Planalto:

A ‘espinha de peixe’ ferroviária que começa a se formar no País


Na semana passada, durante cerimônia de encerramento da 36ª Reunião Ordinário do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), no Palácio do Planalto, Lula comemorou o fato de o Brasil ter hoje três das principais obras no mundo em ferrovias — Norte-Sul, Oeste-Leste e Transnordestina. O orgulho não é para menos. Os três projetos representam milhares de quilômetros de desenvolvimento e integração para o País, além de emprego e renda para milhares de trabalhadores, e terão continuidade no governo Dilma Rousseff, a partir de 2011, por representarem novos tempos para o Brasil em termos de transporte de carga, facilitando e barateando o seu custo.


Nesta segunda parte de nossa série especial sobre ferrovias, falaremos sobre essas três grandes obras ferroviárias que formam, nas palavras de Bernardo Figueiredo, diretor-geral da Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT), uma ‘espinha dorsal de peixe’ pelo País. Confira a segunda parte da entrevista com Figueiredo, em que detalha os três projetos.




Com extensão de 2.254 quilômetros — ligando o Porto de Itaqui, no Maranhão, ao município de Estrela d’Oeste, em São Paulo — a ferrovia Norte-Sul se destaca no plano nacional de expansão da malha férrea nacional. Seu traçado foi retomado pelo governo do presidente Lula como prioridade no incremento do transporte nacional. Agora em dezembro será entregue o trecho até Anápolis (GO) e dado o início das obras entre a cidade goiana e Estrela d’Oeste (SP). Obra do PAC, a ferrovia teve R$ 5,02 bilhões em investimentos até o final deste ano e terá mais R$ 1,5 bilhão a partir de 2011 para entrar em operação em 2012.




Outro projeto considerado essencial para dar uma nova cara à malha ferroviária brasileira é a Ferrovia de Integração Oeste-Leste, que começa a sair do papel ainda este mês. Para tanto o presidente Lula reservou em sua agenda uma data para participar da cerimônia de início das obras dos 1.490 quilômetros da linha férrea que ligará o porto privado de Ilhéus (BA) ao município de Figueirópolis (TO). As obras da Oeste-Leste já deveriam estar sendo tocadas há meses, mas a falta de licença ambiental para as obras no porto de Ilhéus atrasaram os planos.


Já a Transnordestina, sempre muito citada pelo presidente Lula em seus discursos, não só por sua importância estratégica no modal viário do País mas também como geradora de empregos e renda no Nordeste, terá um total de 1.728 quilômetros de extensão, cortando os estados de Pernambuco, Piauí e Ceará. O investimento total previsto no projeto é de R$ 4,45 bilhões.


Na próxima quarta-feira 15/12), o Blog do Planalto traz o terceiro post da série sobre Ferrovias, com mais uma parte da entrevista com Bernardo Figueiredo, da ANTT, sobre os estudos da Valec para viabilizar o trem de passageiros entre Brasília e Goiânia, um sonho antigo na região Centro-Oeste. Figueiredo explica também os motivos que levaram o governo a adiar para abril de 2011 o leilão do Trem de Alta Velocidade (TAV), ligando as cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas.




Tribuna do Norte | BNB libera mais de R$ 689 milhões para a Transnordestina

Tribuna do Norte | BNB libera mais de R$ 689 milhões para a Transnordestina

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Indústria naval brasileira migra para Nordeste

Juliana Elias   (jelias@brasileconomico.com.br)
02/07/10 10:55

Entrega do primeiro navio fabricado pelo Atlântico Sul, em maio, estaleiro que inaugurou a indústria naval do Nordeste
Estaleiro Atlântico Sul-PE Brasil
Entrega do primeiro navio fabricado pelo Atlântico Sul, em maio, estaleiro que inaugurou a indústria naval do Nordeste
O anúncio da instalação do estaleiro Pomar em Pernambuco ontem (1) confirma uma tendência: no Nordeste estão as melhores oportunidades para a nova geração da indústria naval.
Ao menos é o que mostram os dados. Após um ostracismo de duas décadas, os investimentos no setor, historicamente acostumado ao Rio de Janeiro, voltaram com força, e é para o Nordeste que vão 80% deles.
Segundo levantamento do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), os projetos somam hoje R$ 7,6 bilhões, dos quais R$ 6,1 bilhões se dividirão entre Bahia, Pernambuco e Alagoas. Serão pelo menos 17 novos estaleiros nos próximos anos, sendo nove deles, inclusive o Promar, no Nordeste.
É um avanço e tanto para uma região que, até o ano passado, quando foi inaugurado o estaleiro Atlântico Sul, em Suape (PE), nunca tinha tido nenhum empreendimento voltado para a indústria naval ou petroleira.
E só o Atlântico Sul, com suas 160 mil toneladas de capacidade anuais de processamento de aço, já alcança sozinho mais da metade de toda a capacidade do Rio, que com a dezena de estaleiros instalada ali desde a década de 1950 pode processar hoje até 298 mil toneladas.
O Atlântico Sul, ao lado do Eisa Alagoas - também com capacidade para 160 mil toneladas e só à espera das últimas licenças para começar a ser construído na praia de Coruripe - está entre os maiores do mundo.
Juntos, só não deixarão o polo fluminense para trás porque este também tem um plano grande de ampliações: há entre R$ 1 bilhão e R$ 2 bilhões em investimentos aguardados, o que inclui a retomada pela Petrobras do hoje desativado Ishibrás e a possível migração do estaleiro da EBX para o Porto de Açu, após ter a licença negada em Santa Catarina.
"O Rio continua sendo o principal polo do Brasil", aponta o presidente do Sinaval, Ariovaldo Rocha, "mas Pernambuco e Rio de Grande do Sul surgem como novos centros. O preço dos terrenos, bem mais atraente que Rio ou São Paulo, e o apoio dos governos locais são elementos que pesam."
E de fato, a competitividade do Nordeste está nos baixos custos - já que o grosso da demanda continuará no Sudeste, onde se concentram as principais atividades de extração de petróleo e gás.
Além do desconto de 75% no Imposto de Renda que o governo federal oferece às empresas que vão para lá, há ainda uma disputa aquecida de isenções municipais e estaduais. Em Pernambuco, por exemplo, estas taxas ficam cerca de 50% menores para os empreendimentos navais.
"O mercado está no Sudeste. Então para atrair investimentos para o Nordeste ou tem que ter incentivo, ou a empresa não vem", diz Silvio Leimeg, diretor do Suape Global, projeto do governo pernambucano de transformar o estado em um polo naval mundial.
"De qualquer forma, se as empresas estão vindo não é só porque o ‘governo quer'. São empresas privadas, elas vão onde é vantajoso para elas", conclui.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Transnordestina

http://blog.planalto.gov.br/transnordestina-11-mil-trabalhadores-em-20-frentes-de-servicos/trackback/

sábado, 14 de agosto de 2010

O TERROR DO NORDESTE: Crescimento econômico dobrou durante o governo Lul...

O TERROR DO NORDESTE: Crescimento econômico dobrou durante o governo Lul...: "O Ministério da Fazenda estima um crescimento econômico médio de 5,7% ao ano, no período de 2010 a 2014. Os números estão na sétima edição ..."

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

BLOG DA DILMA 13 PRESIDENTE: PRECONCEITO CONTRA O NORDESTE:Em manifesto na web,...

BLOG DA DILMA 13 PRESIDENTE: PRECONCEITO CONTRA O NORDESTE:Em manifesto na web,...: "Para chamar a atenção da imprensa de São Paulo, jovens pretendem fazer mobilização na Ponte Estaiada Octávio Frias de Oliveira, no estilo d..."

quinta-feira, 1 de julho de 2010

A visagem e a verdade, Lúcio Flávio Pinto via Yahoo! Colunistas

A visagem e a verdade, Lúcio Flávio Pinto via Yahoo! Colunistas: "

O brasileiro tem como seu patrimônio a maior bacia hidrográfica do planeta e o dilapida todos os dias. Mas denúncia de hidropirataria é fantasia.

"

domingo, 27 de junho de 2010

sexta-feira, 11 de junho de 2010

NE oferece 30% dos novos empregos na construção




O bom momento, no entanto, vem acompanhado de uma grave crise na oferta de mão de obra
Em ebulição, a indústria da construção civil cresce a taxas chinesas no Nordeste, resultado da combinação entre crédito farto, déficit habitacional elevado e crescentes investimentos em infraestrutura. O bom momento, no entanto, vem acompanhado de uma grave crise na oferta de mão de obra, o que já está se traduzindo em perdas para algumas empresas. Faltam pedreiros, pintores, carpinteiros, eletricistas, engenheiros e até estagiários. A região responde por três em cada dez empregos gerados no setor em todo o país, enquanto o consumo de cimento nos nove Estados cresceu em média 9,3% ao ano entre 2006 e 2009, muito acima da média nacional de 5,9%.
O mercado da construção no Nordeste deve continuar aquecido nos próximos anos. Além das boas perspectivas para o segmento residencial, puxado pelo programa Minha Casa Minha Vida e pelo aumento do crédito imobiliário, a região abrigará três sedes da Copa do Mundo de 2014, o que deverá gerar investimentos importantes em Fortaleza, Recife e Salvador.
As condições favoráveis colocaram a região no mapa estratégico das grandes construtoras do Sudeste. Há cerca de dois anos, elas vêm aumentando o número de projetos no Nordeste, sozinhas ou em parcerias com empresas regionais, que também estão ampliando bastante seus negócios.
O resultado pode ser visto em números. De 2006 a 2009, o Nordeste dobrou sua participação na geração de empregos na construção civil, passando de 15% para 30% de todos os postos criados no país. No mesmo intervalo, a fatia do Sudeste caiu de 69% para 44%, segundo informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
"O emprego é o melhor termômetro para se medir o desempenho da construção civil, pois dá a fotografia do momento", explica o presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia, Carlos Vieira Lima. Segundo o executivo, o mercado baiano, o maior do Nordeste, passa por um de seus melhores momentos, puxado pela habitação de baixa renda e por obras de infraestrutura. A expectativa é que o crescimento se acentue com a implantação de um programa de mobilidade urbana e com as obras ligadas à Copa de 2014.
O vice-presidente do Sinduscon do Ceará, André Montenegro, destaca o aumento na demanda por cimento. A participação do Nordeste no total consumido no Brasil passou de 17% em 2006 para 21,1% em fevereiro deste ano.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Revista Nordeste destaca crescimento econômico de Campina Grande PDF Imprimir E-mail
Escrito por CODECOM   
18-May-2010 



Numa época em que o mundo se recente dos efeitos da sua mais profunda crise, Campina Grande registra um crescimento econômico histórico extraordinário. É o que destaca, em sua mais recente edição, a Revista Nordeste, que circula em todos os Estados da região e em outras unidades do país. A publicação dedicou oito páginas à Cidade Rainha da Borborema, mostrando os fatores deste progresso e o papel da gestão municipal visando resgatar o desenvolvimento local.
 
De acordo com a revista, só em 2009 Campina Grande cresceu 18%. Com isso, a cidade mostra toda a sua força por apresentar, ao lado de Caruaru (PE), “as maiores taxas de expansão do poder de consumo da região”. Isto porque as duas cidades estão recebendo investimentos de grandes grupos econômicos, a exemplo de Pão de Açúcar, Carrefour, Walmart e Lojas Americanas devido a este crescimento. A expectativa é de que absorvam parte significativa dos investimentos planejados pelos grandes varejistas, de mais de R$ 11 bilhões até 2013.
 
Para o prefeito campinense, Veneziano Vital do Rêgo, a reportagem representa o reconhecimento por parte de um dos mais importantes órgãos de comunicação social do país para o trabalho da sua gestão pelo resgate do progresso local. “A exemplo do que foi feito por órgãos com Gazeta Mercantil, Folha de São Paulo e tantos outros, a Revista Nordeste revela, através de primorosa matéria, o quanto temos evoluído economicamente e o quanto Campina Grande vem conseguindo atrair os mais importantes investidores do país”, disse.
 
Conforme relata a matéria publicada na Revista Nordeste, a gestão municipal tem uma extraordinária parcela de contribuição neste processo, levando-se em conta, por exemplo, inúmeras ações de infra-estrutura concretizadas nos últimos cinco anos, a exemplo do Programa Vias Abertas, urbanização de bairros carentes, conquista de recursos, implantação do Centro de Emprego e Renda e obras do Programa de Aceleração do Crescimento.
 
Ao longo da extensa reportagem, a revista lembra avanços da cidade nos mais diversos segmentos administrativos. Por isso, ressalta os investimentos feitos em prol do desenvolvimento turístico, especialmente no maior evento popular do Brasil, o Maior São João do Mundo. Mostra, ainda, que o PAC de Campina Grande virou modelo para o Brasil e, por isso, o município poderá chegar a receber novos investimentos no valor de R$ 200 milhões.
 
Em outro trecho, constata-se o próprio reconhecimento do empresariado para o esforço do município em desenvolver a cidade. Esta gratidão verifica-se em relação a ações como a implantação de um projeto de monitoramento eletrônico no centro comercial da cidade, destinado a melhorar a segurança pública, além da expansão da Internet em áreas públicas.
 
Porém, Campina Grande revela o seu progresso não apenas quanto ao setor econômico, mas igualmente em relação à melhoria da qualidade de vida da população mais carente. Por isso, áreas antes abandonadas, como a Zona Leste, foram contempladas com importantes equipamentos comunitários, a exemplo do Complexo Plínio Lemos, que vem atendendo, diariamente, a 4 mil pessoas com atividades esportivas nas mais diversas modalidades.
 
Por fim, a matéria enfatiza a vocação do progresso campinense para o campo científico-tecnológico. Tal fato fica evidenciado pela recente implantação da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Informática. Em função desta nova pasta, a cidade ficará em condições de firmar parceiras e conquistar verbas junto a importantes instituições federais, possibilitando-se a expansão da sua rede de telecentros e avanços na ação de expansão do projeto de internet gratuita.

Deu no Pravda: Moscou 03.06.2010


 
Brasil: O Gigante Desperta

03.06.2010 Source: Pravda.ru URL: http://port.pravda.ru/cplp/brasil/29762-brasil_gigante-0


Durante os dois primeiros séculos da sua história, o Brasil sempre se comprometeu a ser a promessa de amanhã. Apesar de ter imensos recursos naturais, um mercado interno enorme e um sólido sistema de educação pública, a dimensão do país, juntamente com a má gestão, viu esse colosso da América Latina falhar e afundar-se num mar de incompetência. Depois veio o Lula.

Em 2002, Presidente Luiz Inácio Lula da Silva herdou um empréstimo do FMI de 30 biliões de dólares, assinado pelo seu antecessor Fernando Henrique Cardoso. A dívida com o FMI foi paga anos antes do prazo final obrigatório e oito anos depois, o Brasil é uma potência da economia latino-americana, um jogador-chave na cena mundial diplomática e sua crescente influência é sentida em vários mercados mundiais.

Promovendo uma política diplomática que visava levar o Brasil mais próximo da América Latina e à coesão do Continente, Presidente Lula realizou, por exemplo, 17 reuniões com o seu homólogo venezuelano, Hugo Chávez, e, nas palavras de ambos os presidentes, fizeram mais em oito anos do que os seus antecessores no dois séculos anteriores; Lula também atribuiu muito mais importância para o MERCOSUL e UNASUL, fazendo com que o principal parceiro comercial do Brasil fosse o continente latino-americano em vez da União Europeia.

Em termos de comércio exterior, os déficits foram transformados em excedentes e a micro-economia do Brasil foi assim reforçada. Testemunho disso foi a melhoria nos padrões de vida da grande maioria dos quase 200 milhões de cidadãos do país. P rojetos de infra-estrutura no âmbito do Plano de Aceleração do Crescimento, como a ferrovia Transnordestina de 1.100 km. ligando o sertão para os portos do Atlântico, criaram as bases para a estimulação da economia do Brasil não só no presente mas também no futuro.

Habilmente criando as condições para o Brasil evitar os aspectos mais negativos sentidos em outros lugares durante a crise econômica e financeira, Lula conseguiu estimular o investimento estrangeiro, que apesar de um soluço, em 2009, promete voltar rapidamente aos níveis pré-crise já em 2010.

Entendendo que o caminho era através do estímulo do mercado interno, o presidente Lula entendeu que, tirando milhões de pessoas da pobreza através de programas apoiados pelo governo, o motor interno seria o suficiente para afastar a crise. O resultado dos pacotes de incentivo foi traduzido em termos reais, nomeadamente o aumento da classe média do Brasil de 43% da população em 2003 para 50% hoje, enquanto de acordo com a Fundação Getúlio Vargas, cerca de 30 milhões de brasileiros foram retirados da pobreza , através de programas de benefícios sociais como Bolsa Família, Bolsa Escola e Fome Zero.

Quando temos em conta a crescente influência econômica do Brasil (o Brasil é o maior exportador de carne bovina, café, açúcar e suco de laranja do mundo, um dos principais exportadores de soja, aves e suínos) não surpreende que, no palco diplomático , a Presidência Lula já viu seu país elevado a um estatuto sem precedentes, o que permitiu a Brasília (juntamente com Ancara) resolver a questão do Irã, uma vez por todas.

Na arena internacional, Lula tem contribuído tanto quanto qualquer outra pessoa, ou talvez mais, para a criação de um mundo verdadeiramente multipolar, realçando a importância de grupos como os BRIC e os G20 e estabeleceu as bases para a economia do Brasil superar a da Itália, França e o Reino Unido até 2036.

Tendo testemunhado, e em grande parte provocado, uma grande mudança na balança de poder numa escala planetária, o legado da Presidência Lula é FIFA 2014 e os Jogos Olímpicos Rio 2016. No Brasil.
Timothy BANCROFT-HINCHEY
PRAVDA.Ru


© 1999-2006. «PRAVDA.Ru». No acto de reproduzir nossos materiais na íntegra ou em parte, deve fazer referência à PRAVDA.Ru As opiniões e pontos de vista dos autores nem sempre coincidem com os dos editores.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

O primeiro navio petroleiro construído no Brasil em 13 anos foi lançado ao mar em Pernambuco

Suape é uma revolução em Pernambuco.
O pernambucano quer voltar


“Aqui só não tem emprego quem não sai de casa.”
É a frase do Carlos, garçom do restaurante Beijupirá, de Porto de Galinhas, perto de Recife.
A meia hora dali fica Suape.
Suape é um porto e um distrito industrial de 14 mil hectares (o maior porto da Europa, Roterdã, tem 5 mil ha).
Tem 96 empresas.
20 plantas em construção.
Suape é uma revolução em Pernambuco.
O pernambucano quer voltar
A General Motors do Brasil também vai para lá.
São investimentos de US$ 20 bilhões, o que é igual a 28 anos de investimentos privados em Pernambuco.
Hoje, Suape emprega, diretamente, 30 mil pessoas.
Quase todos recrutados na região metropolitana de Recife – muitos, filhos de cortadores de cana e pescadores.
Suape será o destino de um ramal da Trans-Nordestina, o que se concretizará ano que vem.
(O outro será Pecém, no Ceará.)
No PAC2, Suape vai construir um terminal açucareiro, um novo terminal de containeres e um terminal de granéis sólidos.
A maior obra de Suape é a Refinaria Abreu e Lima, da Petrobrás, em parceria com a PDVSA, da Venezuela.
(Abreu e Lima foi um militar pernambucano que lutou ao lado de Simon Bolívar.)
A refinaria é a primeira que a Petrobrás constrói em 30 anos.
Ocupará 630 hectares, ou seja, o equivalente a 630 campos de futebol.
Vai produzir, em 2012, 22 mil barris de petróleo por dia.
Em 2010, a refinaria emprega 9 mil trabalhadores.
Custará US$ 13 bilhões.
Em torno da Abreu e Lima serão instaladas unidades para produzir matéria prima para um pólo de indústrias têxteis.
Em torno de Abreu e Lima vão trabalhar seis estaleiros.
E o Brasil voltará a ser um dos fortes produtores mundiais de navios: “a retomada da indústria naval acontece em Pernambuco”, diz Inaldo Campelo, diretor de gestão de Suape.
92% dos funcionários do Atlântico Sul são pernambucanos.
A Bunge tem em Suape o maior moinho da América do Sul.
Suape tem a ambição de ser um centro produtor de plataformas e sondas para atender à demanda do Pré-Sal.
Suape permitirá que um navio chegue em 7 dias ao porto de Nova York, e, em 9 dias, a Roterdã.
Num raio de 800 km, Suape atinge 7 capitais do Nordeste, que representam 90% do PIB nordestino.
O governador Eduardo Campos criou doze escolas técnicas em doze micro-regiões de Pernambuco.
Uma delas fica em Suape, que já qualificou 3.800 jovens.
Tem um SENAI dentro de Suape.
O Hospital D. Helder Câmara está em construção.
O sistema de transportes integrará ao sistema de metrô e de transporte de toda a região de Recife.
O Governo de Pernambuco não quer reproduzir Camaçari, na Bahia, onde, ao lado de um complexo petroquímico, houve favelização.
Eduardo Campos criou 5 universidades e um Centro de Pesquisa Nuclear.
Eduardo Campos criou também um Centro Fármaco-Químico.
Uma Cidade Digital já existe nas instalações do antigo porto de Recife, com mais de cem empresas.
Suape vai recuperar a casa grande do engenho Massangana, onde viveu Joaquim Nabuco.

Vista do porto / Foto: Geórgia Pinheiro



360 campos de futebol / Foto: Geórgia Pinheiro



Atlântico Sul tem o maior guindaste do mundo / Foto: Geórgia Pinheiro

92% dos funcionários do Atlântico Sul são pernambucanos.
A Bunge tem em Suape o maior moinho da América do Sul.
Suape tem a ambição de ser um centro produtor de plataformas e sondas para atender à demanda do Pré-Sal.
Suape permitirá que um navio chegue em 7 dias ao porto de Nova York, e, em 9 dias, a Roterdã.
Num raio de 800 km, Suape atinge 7 capitais do Nordeste, que representam 90% do PIB nordestino.
O governador Eduardo Campos criou doze escolas técnicas em doze micro-regiões de Pernambuco.
Uma delas fica em Suape, que já qualificou 3.800 jovens.
Tem um SENAI dentro de Suape.
O Hospital D. Helder Câmara está em construção.
O sistema de transportes integrará ao sistema de metrô e de transporte de toda a região de Recife.
O Governo de Pernambuco não quer reproduzir Camaçari, na Bahia, onde, ao lado de um complexo petroquímico, houve favelização.
Eduardo Campos criou 5 universidades e um Centro de Pesquisa Nuclear.
Eduardo Campos criou também um Centro Fármaco-Químico.
Uma Cidade Digital já existe nas instalações do antigo porto de Recife, com mais de cem empresas.
Suape vai recuperar a casa grande do engenho Massangana, onde viveu Joaquim Nabuco.

Que pena que Nabuco não esteve em Suape / Foto: Geórgia Pinheiro

Em 2009, o PIB de Pernambuco cresceu 3,8%, enquanto o do Brasil caiu 0,2%.
Pernambuco, sob Eduardo Campos, cresceu muito acima da média brasileira.
É uma China dentro do Brasil.
É a nova locomotiva do Brasil.







http://www.conversaafiada.com.br